domingo, 6 de novembro de 2011

Chamada 2011 (2o semestre) para novos integrantes ao Kenshu do Wadaiko Sho


Kenshu 2011


O Kenshu (treinamento intensivo) foi criado para os membros do grupo Setsuo Kinoshita Taiko Group e Escola Cáritas, que gostariam de se apresentar com o Wadaiko Sho.

Objetivo deste curso
-       Desenvolver o senso de grupo
-       Apresentar-se com o Wadaiko Sho

Quem pode participar
- Alunos que foram aprovados na prova de um ano do curso regular (membros do SKTG)
- Alunos que compreenderam as regras do curso básico
- Alunos que desejam um treino técnico mais avançado
- Alunos que estejam dispostos a acatar o tema da qualidade de vida adotada pelo Wadaiko Sho

As provas
- Entrevista

Mensalidade :
R$ 40,00 / mês

Período do curso :
Até quando houver novos pretendentes ao curso ao completar 15 pessoas

Dia dos treinamento :
Terças-feiras das 19hs às 21hs

Cronograma:
Período das inscrições: 7 à 13 de novembro
Data da entrevista: 14 à 18 de novembro (no início da aula)
Início do curso: 22 de novembro

Confirmar interesse em se inscrever pelo email taiko@taiko.com.br com Setsuo Kinoshita ( 8132-9905 )

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Maratona Pão de Açúcar 2011!

Domingo, dia 18 de setembro (é... faz um tempinho! Gomen, mas arigatou!) tivemos a participação do Wadaiko Sho Runners na Maratona de Revezamento do Pão de Açúcar 2011! Não foi a primeira vez, mas sempre é divertido! Temos um grupo que treina, às vezes junto, às vezes cada um no seu tempo, buscando sempre se manter em forma! Já faz algum tempo que participamos de corridas. Mas a maratona sempre é divertida, já que junta a corrida e a necessária atuação do grupo em conjunto.

O dia começou cedo. Bem cedo... a largada foi às 7h da madrugada, na frente do Parque do Ibirapuera! Um friozinho muito convidativo para se enfiar debaixo das cobertas, mas fomos lá! (bom, o dia virou ao longo da manhã e fez um sol.... parabéns ao pessoal que correu perto das 11h!) Cada um responsável por seus 5km ou 10k! Quem foi lá sabe... muita, muita gente! Reza a lenda que cerca de 35 mil pessoas participaram da corrida! 35 mil!! A largada, como de costume e esperado, foi a maior muvuca... levei quase 8 min pra completar o primeiro km. Isso é quase andar! Mas, o clima era de festa e nem estressei por causa disso.

Nosso objetivo não era ganhar a corrida, mas entendemos essas participações em eventos de corrida como uma motivação a mais para os treinos! Os treinos não nos auxiliam só nas corridas, mas também no taiko!

Não sei se parece, mas depois de uma (às vezes mais de uma no mesmo dia!) apresentação às vezes a gente fica fisicamente bem cansado! A emoção toma conta e você só quer dar o seu melhor! E pra dar o melhor, a gente precisa estar fisicamente bem preparado! E um dos jeitos de ficar fisicamente bem preparado é.... correr!

Correr não exige muito investimento. Você não precisa correr na academia, pode correr no parque, na rua, na praia, na montanha (ah... na montanha...)... muito conhecido pelos paulistanos é o parque do ibirapuera! Bom lugar pra treinar!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Novo membro do SKTG - Paula Su

Paula Su

No dia 26 de setembro, a Paula foi aprovada na prova de admissão a membro do Setsuo Kinoshita Taiko Group com aplausos eufóricos por seus companheiros e membros veteranos. Segundo a Mitchan (sensei do grupo SKTG), bateu muito mais firme do que antes de nossa partida ao Japão mostrando que treinou e se conscientizou muito neste período. 
Ela iniciou o curso há exatamente 1 ano e 1 dia, ou seja, realizou a prova na primeira oportunidade.
Parabéns Paula !!!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Retorno ao Brasil e show em Ribeirão Preto (de 20 à 23 de setembro)

Metro em Soho
Enfim, terminamos com a graça de Deus a apresentação em Ribeirão Preto !!! Tivemos tantos contratempos para esta apresentação, mas acabou sendo um outro grande aprendizado !!
Tivemos que partir do Japão um dia antes do programado. Como dito no post anterior, um novo Taifu (tufão) estava chegando em nossa região e preocupados se conseguiríamos chegar a tempo a esta apresentação, resolvemos pegar um avião anterior rumo a New York, no dia 20 de setembro. Dito e feito; o aeroporto de Osaka fechou e não conseguiríamos pegar aquele vôo. Como chegamos um dia mais cedo a New York, resolvemos fazer um turismo a Manhattan e fomos a região do Soho para ver como anda a nova moda que influenciará o mundo. Logicamente, vimos muitas roupas e visual novo, mas o melhor mesmo foi experimentar a cerveja e um drink chamado Wattermelon que só se sente o cheiro das frutas, mas quando passa pela garganta é sabor de água. Foi uma coisa esquisita, mas interessante. Para fazer o translado, resolvemos ir de metro do aeroporto até Manhattan e não sabia que era daquele jeito. Quem está acostumado ao metro limpinho e iluminado de São Paulo, deve se assustar com o metro de New York pois lembra bastante do metro de Buenos Aires, só que com pessoas um "pouco" mal encaradas. Não sei se tem a ver por termos passado pelo Brooklin, mas o "malandro" americano é bastante amedrontador.
Wattermelon em primeiro plano
Bem, passando o estresse do turismo em New York, chegamos bem a São Paulo no dia 22. No mesmo dia realizamos o primeiro e último ensaio antes da apresentação de Ribeirão. Eu e a Mitchan pegamos o primeiro vôo do dia 23 para Ribeirão para poder descansar um pouco por causa do fuso horário, aguardando a vinda do restante da turma antes da montagem do espetáculo. Mas pela primeira vez nestes 10 anos que trabalhamos com esta empresa, a van deu problemas e ficou na estrada !! Quando chegou o horário marcado para o encontro, o Mozart, músico do Wadaiko Sho me ligou dizendo que estava a 200km de Ribeirão, com o problema resolvido. A montagem do palco que estava marcado para as 16:30hs, acabou sendo as 18:30hs e o show era às 20hs com o público entrando antes disso. Ainda bem que o Elias (motorista) correu muito, e conseguimos montar, passar o som e aquecer em 1 hora, coisa que fazemos no mínimo em 3 horas.
a partir da esquerda,
Mitchan, Álvaro, Mozart e Bruno
Apesar de tantos contratempos para esta apresentação, adoramos o público de Ribeirão Preto !!! Conseguimos "conversar" com o público sem barreiras, que encontramos de vez em quando em alguns locais. Conhecemos também o grupo de Taiko Yukio Yamashita de Ribeirão Preto e pudemos conversar um pouco sobre os aspectos da manutenção do grupo.
Agradeço também aos kenshuseis (músicos do curso intensivo do Wadaiko Sho) e ao Elias que, apesar de ficarem acabados após todos estes contratempos, conseguiram fazer uma ótima apresentação !!! 

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Japão de 14 à 20 de setembro

Trajeto para Wakakusayama

14/09
Hoje eu fui para a cidade de Nara para subir a montanha Wakakusayama.  Em 1996, quando estudava Medicina Oriental e trabalhava com massagem dos pés (reflexologia) aqui no Japão, resolvi fazer uma experiência caminhando descalço esta montanha. Na época tive como resultado um grande ganho de energia. Como estou me sentindo um pouco cansado com a correria do dia a dia, resolvi fazer este "turismo" para me estimular. Assim, caminhei quase 2 kilômetros e meio subindo uma trilha de pedregulhos. Levei 65 minutos para fazer este trajeto. Nunca senti esta pequena distância tão longa !! Para nossa equipe de corredores que fazemos este trajeto em um pouco mais que 11 minutos, aprendi muito mais coisas e achei interessante escrever aqui. Eu fui criado na cidade, quase sempre calçando um tênis. Para mim, cada pisada doía, mas era suportável. Entretanto, com o passar de uns 40 minutos, este suportável começou a dar raiva pelo incômodo que sentia. Foi a partir de então que começa a história. A visão da paisagem que eu estava curtindo com a subida, começou a se estreitar e toda a minha concentração se concentrou em onde pisava. Doía tanto que ao mesmo tempo que sentia raiva, criava um sentimento de paciência (Nintai) e isto fez com que minhas percepções ficassem mais aguçadas. Foi interessante observar que mesmo caminhando de olhos abertos, não estava enxergando mais nada e sentia todos os sons durante a caminhada. Ouvi sons de pássaros e insetos que nunca havia percebido. O vento, hora não estava presente, hora era muito sentida quando passava pelas folhagens, dando até medo, não por causa de sua intensidade, mas podia sentir até os graves e agudos de seu som. Percebi assim uma forma de aguçar a percepção de meus alunos quando dizem que não conseguem ouvir o shimedaiko durante a forte percussão de outros taikos maiores. O Nintai é necessário !! 

Topo do Wakakusayama e no fundo a cidade de Nara

Durante o percurso ainda conheci algumas pessoas que me incentivaram a continuar a caminhada sorrindo e aplaudindo. Além dessa calorosa percepção desta sociedade, senti outras reações no corpo também. Senti um sono tão forte, bem antes do horário de dormir, parecido quando estamos com o fuso horário trocado (já sentiram um sono incontrolável ??). A visão estava mais clara, além de bater o recorde de número de vezes que fui ao banheiro no dia seguinte !! Está aí uma forma de limpar o corpo para quem esta com prisão de ventre !!!! A experiência foi tão boa que estarei incluindo esta atividade ao meu menu de treinamento.

O Danjiri em frente a estação de trem Kishiwada

18/09
Hoje fui assistir ao Danjiri Matsuri que acontece em setembro de todos os anos em Osaka. O evento acontece no bairro de Kishiwada e tem uma tradição de 300 anos. A princípio, o evento tem um fundo religioso celebrando o Miyairi, onde é solicitado uma boa colheita, sem doenças e desgraças naturais. Mas o que atrai os turistas é o Yarimawashi onde deve se realizar uma curva de 90 graus a toda a velocidade do Dashi (carro alegórico) nas ruas estreitas de Kishiwada. Este Dashi é confeccionado em madeira Keyaki pesando toneladas, sobre rodas, puxado por uma corda de 100 metros, onde 500 pessoas do time participam do processo. É dito que a Deusa esta dentro do Dashi, mas é proibido a subida de mulheres no Dashi. As mulheres de até 18 anos de idade podem participar ao lado do Dashi, puxando-o ou incentivando os puxadores. Para realizar o Yarimawashi, é necessário uma grande experiência do Maeteko e do Ushiroteko. Os Maeteko controlam o breque das rodas dianteiras um do lado direito e outro do esquerdo. É necessário uma grande sincronia entre os Maetekos e assim normalmente isto é feito entre amigos muito íntimos. O Ushiroteko é composto de 20 à 30 pessoas que puxam a trazeira do Dashi através de uma corda, ajudando a rodopiá-lo para conseguir fazer a curva. Ainda, o Daikugata dança em cima do teto do Dashi para sincronizar todas estas pessoas neste processo.
Nas regiões das curvas é onde se concentram a maioria dos turistas e por ser um processo muito difícil e violento, sempre acabam em morte de algumas pessoas.
Fiquei admirado com este matsuri apesar de ver uma ambulância a cada 3 minutos. Eu observei as pessoas participantes deste processo e podemos dizer que são um tanto "diferentes" dos japoneses normais. Pude ver um espírito agressivo, grosso e mal educado. Mas o especial foi o espírito de união e responsabilidade que este pessoal tem para realizar esta façanha. Aprendi que uma pessoa pode ser especial mesmo sendo grosso e mal educado se apresentar um valor social. Normalmente uma pessoa como aquelas teriam pouca consideração numa sociedade, mas por serem tão especiais, acabam sendo Kakkoii (lindo) e assim, só eles conseguem manter um matsuri deste gênero. Inimitável !!!!

A partir da esquerda, Mitchan, Tayaichiro-sensei e Shota-sensei
19/09
Hoje tivemos um jantar com o Tayaichiro-sensei e Shota-sensei ao mesmo tempo !! Foi uma alegria reunirmos todos juntos pela primeira vez. Ambos sabem de nossa vida independentemente, um no mundo do Taiko e outro no mundo do Fue, desta vez as fofocas foram colocadas em dia diretamente. O pessoal do Kenshu do Wadaiko Sho devem se recordar como o Shota sensei bebe, quando ele foi com o grupo Nihon Ongaku Shudan ao Brasil. Ele disse que esta maneirando, mas.....

20/09
Nós íamos ficar no Japão até o dia 21, mas esta chegando mais um Taifu (tufão) na minha região e até ontem vários aeroportos foram proibidos de funcionar. Assim, ontem resolvemos de repente adiar a nossa viagem para hoje pois estamos com uma apresentação em Ribeirão Preto no dia seguinte que chegarmos ao Brasil. Não podemos perder este vòo. Ficaremos um dia em Nova Iorque e chegaremos como previsto no dia 22. Continuamos nossa história agora no Brasil !!!!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Japão de 6 à 13 de setembro

Ambiente do nosso curso de Taiko com Tayaichiro sensei

6/09
Hoje tivemos mais um curso com Mochizuki Tayaichiro sensei. Continuamos estudando a peça Gekizaru. Como podem ver, as aulas são sentados em Seiza. Haja pernas !!
Tayaichiro sensei contou que nos viu na televisão de Osaka mês passado num programa onde executei uma peça com o Yuzo Akahori do shamisen. É um programa onde conta a vida de japoneses que vivem no exterior e neste capítulo contou sobre a vida da esposa de Yuzo. O Wadaiko Sho convidou os para uma apresentação em São José do Rio Preto e este show foi coberto pela televisão de Osaka.
A noite ainda tive mais um curso com Mochizuki Shota sensei. Já estamos ensaiando a peça Renjishi há quase 1 ano e meio e ainda não estou conseguindo a aprovação dele. Esta música é cheia de detalhes e regras, além de ter muitas partes de Nohkan (flauta Kabuki) e está difícil entender o que é regra e o que não é. 

Mitchan no Spa

8/09
Com Taifus (tufão) e com o calor daqui, fica difícil ter ânimo para sair para correr. Assim, consegui uma solução !! Encontrei um spa onde tem uma academia para se exercitar com ar condicionado e depois entrar no ofurô !! Em Asuka tem uma instituição de saúde chamada Taishi no Yu onde você se associa e tem ainda outros benefícios. Tudo isso por menos que R$ 120,00 por mês. Como é bom cuidar da saúde no Japão !! Costumava entrar neste ofurô com o pessoal do Wadaiko Yamato por ser vizinho deles, mas não sabia destas regalias. Agora estarei todos os dias aqui....

9/09
Hoje foi a comemoração de nossos 11 anos de casados. Assim acabando os ensaios, tiramos uma folga e saímos para comemorar !!!

10/09
Setsuo e Katsuji Asano em Mie
Hoje fomos pesquisar o Nono Nihon Taiko Matsuri no Ise-Jingu na província de Mie. É um evento promovido pelo Asano Taiko e tem como convidados vários músicos profissionais e semi-profissionais. Encontramos novamente com Katsuji Asano. Neste período de um mês, nós nos encontramos em Stanford no North America Taiko Conference, em Tokyo no 10th Tokyo Kokusai Taiko Contest e agora em Mie. Ele foi ao Brasil há mais de 15 anos atrás para trocar as peles dos taikos do grupo Tangue Setsuko Taiko Dojo. Um dia ainda aprontaremos algo juntos.....

Ensaio de nossa sobrinha...

11/09
Ontem foi aniversário de nossa sobrinha e hoje da minha sogra. A aniversariante comemorou fazendo uma apresentação de Eufonium para a família. Ela estuda na Orquestra colegial Takamado Koukou e está participando da final do concurso internacional de orquestras colegiais em Osaka. Assim, quando vem para casa, temos que ficar ouvindo uma "tuba" o dia todo.....

12/09
Hoje recebi uma partitura nova de Shota sensei !!! Niwaka Jishi (vídeo em anexo). Mas ainda não terminamos a música Renjishi.

Mesmo numa biblioteca daqui do interior
tem muitos livros para pesquisar sobre
música Japonesa !! Maravilhoso !!

13/09
Hoje fomos aprovados por Tayaichiro sensei e iniciamos a mesma música que iniciei com Shota sensei. NIwaka Jishi. 
Esta música foi apresentada pela primeira vez em outubro de 1834 e mais tarde dançada para Nihon Buyou. Foi composta por Kineya Roku Saburo e tem aproximadamente 18 minutos de duração (é por isso que este gênero musical é chamado de Nagauta, que significa música longa.....).
Antigamente um prostíbulo era chamado de Yoshiwara. Num desses locais era realizado um evento de 30 dias ensolarados a partir do dia 1 de agosto, onde gueixas e afins se mascaravam e dançavam músicas da atualidade. Este evento era chamado de Yoshiwara Niwaka. Niwaka Jishi foi composta pela mistura do Yoshiwara Niwaka e Shishimai (dança do leão) e é apresentada tendo o Yoshiwara como fundo, a dança Shishimai e o Tekomai (dança realizada em frente a um Dashi ou Mikkoshi por mulheres fortemente maquiadas com pó branco), normalmente exibidas com danças no estilo das Gueixas, mas às vezes apresentadas como Suodori. O que deve ser notado no dançarino é o quanto ele consegue expressar o Iki e o Sharekke (postura e expressão) de um Edokko (cidadão de Tokyo).

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Japão de 1 à 5 de setembro

Rio Kumano que corre ao lado do templo


2 à 5 de setembro
Fui para a cidade de Shingu na província de Wakayama para comemorar os 120 anos da fundação do templo onde eu morei por um ano em 1992. Encontrei me com o grupo do Brasil  que chegou ao Japão semana passada para esta finalidade e fomos em 2 ônibus fretados. Na verdade, eu fui contra a vontade de minha esposa pois para quem acompanhou a rede de TV NHK no Brasil, viu que um Taifu (tufão) dos grandes estava se aproximando do Japão. Assim, ela preferiu ficar em casa e fui sozinho. Partimos, com o ônibus balançando por causa da forte ventania, vimos as ondas do mar muito agitadas, o rio das cidades bastante alto, mas não ficamos alarmados. Entretanto, ao chegar ao ponto final, fomos informados que por uma diferença de 15 minutos, os veículos que estavam vindo atrás de nós, foram proibidos de continuar a viagem. Com o passar do dia, o rio Kumano que fica ao lado do templo, começou a encher cada vez mais e na manhã seguinte alagou a cidade toda. Como moramos numa parte alta da vila, só o subsolo foi alagado, pois fica ao lado do rio. Ficamos ilhados, ou seja, não podiamos sair e nem as pessoas chegar ao templo. Assim, realizamos a missa somente com as pessoas que estavam no local. Estávamos em aproximadamente 400 pessoas, mas esperava-se a presença de mais de 7000 pessoas. Quem acompanhou o noticiário no Brasil, deve ter visto quanta catástrofe este Taifu trouxe a região, mas nós só tivemos o desconforto de não poder sair e ficar sem o estoque de água. Assim, não pudemos tomar banho, não podiamos usar o banheiro, passamos 2 refeições só com oniguiri (bolinho de arroz) e tsukemono (conservas), ou seja, fizemos o racionamento de água dentro do templo, por não saber quanto tempo ficaríamos ilhados com estas 400 pessoas. Houve várias outras medidas que não convém contar aqui e que contarei pessoalmente a quem me contactar. Assim, deixo a mensagem dada pelo Daikyokaityosan (padre maior de nosso templo).
Ele lembrou que nada é Atarimae (vem ao acaso). Em um Japão onde tudo é bem estruturado, com água, ar condicionado, comida e bebida fácil, sentimos o quanto somos frágeis só com este acontecimento. Ele citou o som forte da correnteza que gritava ao lado do templo, dizendo que em vez de temer, para encararmos como um incentivo. Como estávamos "comemorando" os 120 anos, fez nos conscientizar da dificuldade do início desta construção, onde não haviam o conforto citado acima. Como não havia trens na época, o fundador do templo caminhava para ir até a cidade de Tenri que tem 200 quilômetros de distância. Eu tive a oportunidade de ter esta experiência em 1992 caminhando 40 quilômetros por dia, carregando as barracas e mantimentos nas costas, completando o trajeto em 5 dias. Este "sofrimento" me despertou na época um sentimento de gratidão só de beber água. O cansaço pelo esforço físico, o sofrimento em caminhar montanhas na chuva e no sol, me fez enxergar os valores que estamos tão acostumados no dia a dia, que passam despercebidos. Esta nova experiência em ficar ilhados, a palestra em relembrar que as coisas funcionando bem não é ATARIMAE me fez lembrar a profundidade de sentir a força da vida e a necessidade do trabalho do outro.


Eu ia retornar para casa no dia 4, mas as linhas de trem em ambos os lados da estação de Shingu foram destruidas e levarão semanas para o seu conserto (isso porque o Japão é rapido, imaginem o estrago !!). As 3 estradas principais estão interditadas porque houve desabamento (como dito acima, o caminho é cheio de montanhas). Assim, só consegui voltar para casa de carro no dia 5, após baixar as águas na saída do templo, pelo caminho do mar, driblando as passagens interditadas. Que sufoco !!!
O rio Kumano e a cidade ficaram na mesma altura.
Subiu 8 metros

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Japão de 27 à 31 de agosto

Parte interna do Hombu
27/07
Hoje visitei o templo da Tenrikyo, que fica a 30 minutos de casa. Para quem não sabe, sou formado em língua japonesa pela Universidade religiosa de Tenri na turma de 1990.  Desde então não consigo mais viver longe desta terra. Venho todos os anos com o propósito de aperfeiçoar meus estudos de música japonesa, mas também para minha terapia. Este período é quando consigo fazer minhas composições e colocar minha vida em ordem.


28/08
Entrada do Teatro Aoyama em Shibuya
Hoje fomos assistir ao 10th Tokyo International Taiko Contest. Neste ano me candidatei novamente como solista no Odaiko, mas não consegui ser classificado entre os 10 como aconteceu no ano passado. Neste ano foram classificados 2 músicos que participaram comigo; Arakawa-san e Yanase-san, que no ano passado ficaram em segundo e terceiro lugar respectivamente. Para a nossa felicidade, neste ano eles foram o vencedor e o segundo colocado respectivamente !!! Neste ano, além da participação lógica dos candidatos japoneses, foram classificados um americano do Arizona e um Chinês de Taiwan. Entretanto, este último não compareceu ao concurso por problemas de saúde na família e assim, o concurso foi concorrido com 9 músicos. O interessante foi observar que participaram neste ano 3 músicos que foram classificados no ano retrasado e que não estavam no ano passado. Ja conhecia também o trabalho de uma das candidatas, mas foi a primeira vez que ela entrou no concurso. Assim, observei que participam sempre o mesmo rol de músicos de Odaiko, disputando uma colocação.
No concurso em grupo, para a surpresa de todos, o grupo da Austrália pegou o primeiro lugar. Os kenshuseis de nosso grupo que vieram conosco ao Japão no ano passado conheceram os membros deste grupo. Eles ficaram na mesma hospedaria que ficamos quando fomos assistir ao Earth Celebration na ilha de Sado. 
Reencontrei com o Tsukamoto-san de Chiba que também não participou do concurso neste ano e também reencontramos com a família e funcionários do Asano Taiko.



Difícil tarefa de escolher a unha ideal
29/08
Aproveitando a vinda em Tokyo, visitamos a loja Kinkohdo especializada em Koto (harpa japonesa). Conhecemos o dono da loja o sr.Takashi Nakajima que depois que explicamos que viemos do Brasil, e a Mitchan estuda com a Kitahara-sensei em São Paulo, nos contou que foi ao Brasil ha vários anos atrás para fazer a manutenção de alguns Kotos dela e nos contou com saudades de sua experiência em São Paulo e Rio de Janeiro. Ele nos contou que seu filho foi há 2 anos atrás também e só daí que caiu a ficha. Descobrimos que ele é filho de Yasuko Nakajima, Iemoto (representante desta geração) da Escola Seiha, a mais representativa Escola de Koto do Japão. Para quem conhece este nome, sabem que não são pessoas que podemos conhecer todos os dias !!! Gostaria de agradecer e dar os parabéns a mestra Tamie Kitahara que graças ao seu esforço em representar a Escola Seiha no Brasil, podemos ter o prazer em poder conversar e ser bem recebidos por estas pessoas.

MItchan e Nakajima-san













31/08
Hoje finalmente conseguimos nos organizar para iniciar os estudos com nossos senseis; Shouta Mochizuki (shinobue e Nohkan) e Tayaichiro Mochizuki (taiko e narimono).
Como devem saber, somos estudantes do gênero musical Nagauta, música tocada no Teatro Kabuki e nas danças Nihon Buyou. Muitas pessoas perguntam qual é o estilo do Wadaiko Sho, mas não existe um estilo no Kumidaiko. Pode haver uma característica de determinada região ou sensei, mas como foi criado por influência do Jazz, a liberdade de expressão e de composição é livre. No caso do Nagauta, há definições na forma e na composição, determinando qual estilo você é. Sabemos por exemplo qual estilo determinado músico é, vendo sua forma de tocar. Logicamente, seu sobrenome diz qual estilo você é pois é o nome do próprio estilo. Nós por exemplo, um dia receberemos o sobrenome Mochizuki. Este tema é interessante pois no Brasil há pessoas que falam que no Taiko não existem estilos. São pessoas que acham que o Kumidaiko é o Taiko. Esquecem-se de que existem outros gêneros musicais.... 

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Japão - primeiros 5 dias



Atago Matsuri
25/08
Fomos visitar um matsuri de nossa vila chamado Atago Matsuri.
Foi um matsuri pobre, bem caseiro, sem grandes produções, típico do interior do Japão. Acho que é isso que deu um ar bem familiar, confortável de se participar. Costumo ficar observando como são produzidos a iluminação, sonorização, decoração e outros "ãos", mas aqui eu consegui sentir o gosto do Ramune (soda), algodão doce e o calor humano de nossa vila (aliás, está muito quente por aqui...). Pude perceber que haviam somente crianças, seus pais e idosos. Os adultos eram poucos. Pela produção do evento, eu acho que não houve atrativos para um adulto. Analisando o evento, só vemos crianças se divertindo, que quando se tornarem idosas, provavelmente irão curtir junto com os vizinhos (como a mãe de minha esposa que cumprimentava alguém a cada 10 metros...). 

Em matsuris costuma se ter o
Kingyo Sukui (pesca com uma pá de papel)
Em São Paulo, eu pude crescer cercado de amigos do bairro e dentro de uma religião. Posso dizer que tenho boas lembranças de minha infância, de brincar na chuva com os amigos, de tocar música na praça. Mas problemas da cidade grande, muitos amigos se mudaram do bairro (inclusive eu). Para piorar, hoje não da para deixar as crianças na rua. É melhor que brinquem de video game dentro de casa. Fico pensando como será as lembranças da infância delas no futuro....
Entretanto, dentro de nosso grupo de Taiko, podemos encontrar pessoas que participaram de vários eventos que realizamos e hoje lembram com saudades daquela época. Algum de vocês participaram em cima daquele trio-elétrico no Sambódromo no Centenário da Imigração ? Ou no mesmo ano, no carro alegórico da Vila Maria no carnaval de São Paulo ? Para nós que ja éramos adultos, foi uma brincadeira que vai ficar em nossas cabeças para sempre. O lúdico é importante para todos, não importa a idade. Isso será prazeroso no futuro !!!


26/08
Entrada da vila de Asuka
Hoje reiniciei os treinamentos físicos. Como tive que ir para Osaka e andei muito, resolvi correr somente 9km. Saindo de casa em Kashihara, passei pela vila vizinha que se chama Asuka. Para quem não ouviu falar da vila de Asuka, ha uma era chamada Era de Asuka, onde era o centro da civilização japonesa por volta dos séculos VI a VIII. Assim, por onde corri, só há escavações e sempre há um noticiário citando um novo achado. Por ser considerado o Japão antigo, a região onde moramos se chama Yamato, daí o nome do grupo de Taiko Wadaiko Yamato. Eles tem o estúdio em Asuka.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

North America Taiko Conference - Terceiro dia

No café da manhã do terceiro dia da conferência, conhecemos Mercedes do grupo Buenos Aires Taiko da Argentina. Encontramos também com Aoi Hayashi do grupo Yamabuki de Suzano. Acredto que do Brasil somente nós 3 participamos da conferência e da america latina nós 4.


Dividimos os estudos, eu pesquisando o curso de Odaiko de Tiffany Tamaribuchi (foto 1) e a Mitchan com Saburo Mochizuki que ensinou Kabuki bayashi e Matsuri bayashi. Não foi nada de novo para nós, pois são nossas especialidades e o curso era introdutório. Tiffany como eu, foi uma das poucas estrangeiras a ser convidada a participar em solo no Odaiko do Concurso Internacional de Taiko em Tokyo (em 10 anos, dos 100 participantes teve um total de 5 estrangeiros; 3 dos EUA, 1 do Brasil e 1 de Taiwan). Como somos deshi da escola Mochizuki de Nagauta, sentimos nos em casa com o workshop de Saburo, que é professor do Tokyo Geijutsu Daigaku.
foto 1
Ganhei um poema escrito por Tanaka-sensei (foto 2) que significa "a felicidade de reencontrar um amigo de longe". Ele me trata como um filho apesar de não ter estudado com ele. Há 4 anos atrás quando veio ao Brasil, solicitou a Mitchan que cuidasse de mim por ele. Não há palavras que explique a paixão que sentimos um pelo outro e a cada despedida uma tristeza.
foto 2
No periodo da tarde fiz um workshop com Kaoru Watanabe e a Mitchan com Yoko Fujimoto, respectivamente ex-membro e membro do grupo Kodo. Simplesmente sensacional !! Ficamos de viabilizar a vinda dele ao Brasil. Aguardem !!


Na janta continuamos a discussão dos aspectos discriminatórios dos asiáticos na américa do norte com Nozomi e Shanna. Chegamos ao tema sobre o nosso nome. Nozomi se chama Cinthia como nome de batismo, um nome de "branco" de origem grega, conta ela. Ela decidiu afirmar o uso de seu nome japonês aos 40 anos, fazendo o possível para abolir o seu nome "estrangeiro". Hoje só o apresenta quando é necessário como em um documento de identidade. Comentei com ela que eu não tenho um nome brasileiro, mas todas as minhas irmãs tem. Lembro-me vagamente da explicação do motivo que meu pai resolveu me dar um nome somente japonês, mas não sei o verdadeiro sentimento, pois o perdi aos 11 anos. Achei que fosse porque ele quisesse que eu, como único homem da família, mantivesse as raízes japonesas, mas a Nozomi me contou a sua versão. O avô dela era um issei que imigrou nos EUA, mas que diferentemente dos outros isseis, falava bem o inglês. Na época, os imigrantes eram proibidos de falar em japonês em público e para não ter problemas, davam os nomes americanos aos seus filhos (problemas bobos, mas incovenientes que tanto Nozomi como eu temos que enfrentar, soletrando os nossos nomes quando alguém pergunta como se escreve). O avô estava convicto que deveria para o bem da família, dar um nome americano aos filhos, mas que dos 8 filhos, só os 2 últimos não ganharam o nome americano. Analisando, ela acha que ele se cansou de concordar com o que os americanos "exigiam", que analisando bem, é uma forma de fazer esquecer as nossas raízes. Ela pergunta, "eu tenho cara de Cinthia ?", apontando para a sua cara de japonesa. 


Enfim, destes e outros fatores que a sociedade americana estava tentando oprimir, nasceu uma esquerda. O Taiko nos EUA que estava nascendo por volta de 1969, deu forças a esta esquerda para que não esquecessem de suas raízes. PJ e Roy Hirabayashi, coordenadores do San José Taiko, ganharam uma condecoração antes de ontem da Sociedade Japonesa pelos seus esforços em manter um curso de Taiko, numa época onde o governo proibia estes estudos (ou não dava opção de estudar uma cultura estrangeira, a não ser a européia). Eles fizeram isso, porque o Taiko era o alicerce que sustentou não só a esquerda japonesa, mas toda a comunidade asiática do leste americano. Por isso ha tantos grupos nesta região. PJ (foto 3) me convidou para visitá-los na próxima vez que virmos aos EUA para apresentar o Japan Town de San José. Acredito que este bairro seja o orgulho do trabalho deste grupo e certamente vou querer ouvir sua história. O próximo capítulo continua.
foto 3
A noite ainda tivemos as apresentações do grupo de Kenny Endo, Soh Daiko, San Francisco Taiko Dojo e outros pequenos grupos no Teatro da Universidade de Stanford. Após isto, foi realizado no nosso dormitório um matsuri (que viagem !!) com a presença de todos os músicos. Fechamos nos despedindo de Tanaka-sensei, PJ Hirabayashi nos convidando para uma visita menos corrida, um reencontro com a família Asano na semana que vem no Japão, um próximo e provável reencontro com John Paul, que encontramos sempre em situações imprevisíveis (São Paulo, Ilha de Sado, Stanford), Shanna, Nozomi e Mercedes (foto 4).
foto 4 - Mitchan, Mercedes e Nozomi
Fechamos assim nossa participação na conferência em Stanford, partindo ao Japão para novas experiências e histórias.
Carta de Seiichi Tanaka a Setsuo








sexta-feira, 19 de agosto de 2011

North America Taiko Conference - Segundo dia

A partir da esquerda, Debora, Linda, Shanna, Setsuo e Nozomi

Hoje o dia começou com uma mesa redonda dos músicos centrais da américa do norte  (Tiffany Tamaribuchi, Kaoru Watanabe, Roy Hirabayashi, Shoji Kameda).
Abertura do evento

Após o debate visitamos o Marktplace, onde estão expostos produtos relacionados com o comércio de taiko. Ganhamos um presente de Akitoshi Asano da fábrica Asano Taiko enviado através de seu filho, Katsuji Asano. Ganhamos também uma camiseta do Taiko Center of the Pacific da Chizuko Endo esposa de Kenny Endo. Reencontramos também com Marco Lienhard, ex-Ondekoza, vendendo shinobue, que nos informou de seu show que será realizado em São Paulo em outubro.
Setsuo e Marco Lienhard

Após o almoço, fizemos um workshop com Isaku Kageyama, que havia conhecido há 4 anos. Um ótimo músico !!
Após o workshop, encontramos com Shanna Lorenz que havia feito uma pesquisa do Wadaiko Sho em 2003 no Brasil, que nos acompanhou o restante do dia.
Participamos da apresentação dos colaboradores do North America Taiko Conference (Miyamoto Unosuke, Rolling Thunder e San Jose Taiko). Foi muito emocionante e me despertou a curiosidade. Fiz um debate da história do Taiko nos EUA com Nozomi Ikuta do Dekiru Daiko que me contou que o Taiko foi uma necessidade para a sociedade, não só da comunidade japonesa, mas da asiática, pois no pós-guerra, apesar da aceitação da paz, ainda reinava uma onda de discriminação (não sei se isso pode ser dito no passado....) com relação ao Japão. O Taiko serviu de arma para a comunidade asiática se defender e se afirmar. Hoje, meio que parecido com o Brasil, ha muitos descendentes de orientais nas universidades americanas. Isso faz com que amenize a discriminação, comparado a que os negros, índios e latino americanos sofrem da sociedade. Na época, os "brancos" puxavam as bordas dos olhos imitando chineses falando, conta a Nozomi para mim. Comentei com ela e com a Shanna, etnomusicologia pela universidade Pittsburgh, que isso ainda acontece no Brasil e os dois lados se divertem com isso. Não sei se isso é para rir ou para chorar, mas eu acho um absurdo o descendente aceitar isso; e o pior, o brasileiro achar que gostamos disso, anunciando em propagandas de revistas da comunidade japonesa, crianças brancas, negras e japonesas puxando os olhos, sorrindo. Eu acho que o americano é mais sensível e consciente. Mas.....
Conhecemos Mari e Matthew do Triangle Taiko, Linda que da aulas de Taiko na Universidade de Stanford, Debora Wong, da universidade Riverside da California, e Roy e PJ Hirabayashi do San Jose Taiko. Visitei San Francisco ha 10 anos atrás e na ocasião telefonei para Roy, mas como ele não fala Japonês, ficamos sem como nos comunicar e assim passou todo este tempo. Finalmente nos conhecemos pessoalmente.
Assistimos no final do dia, o Ten Taiko, um concurso de 10 grupos que fizeram 10 minutos de performance. Interessante o incentivo e carinho que os grupos tem entre si, torcendo durante a apresentação de outro grupo. Como seria bom se a necessidade que o Taiko tem na sociedade oriental daqui, tivesse na do brasileiro. Tanaka-sensei, o Grand Master do Taiko nos EUA lamentou comigo a situação do Taiko no Brasil.....Ele também acompanhou conosco todo o processo no Brasil. Espero poder manter esta relação que temos hoje com os grupos que estão em contato conosco !!
Taiko Ten

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

North America Taiko Conference - Primeiro dia

Setsuo e Mitchan do Wadaiko Sho chegou em San Francisco/EUA dia 18 de agosto para participar do North America Taiko Conference que esta sendo realizado na Universidade de Stanford.
Neste primeiro dia houve um debate entre os líderes de vários grupos americanos e canadenses sobre o rumo da conferência. Além de nós do Brasil, estão participando pessoas de Hong Kong, Argentina, Inglaterra e logicamente do Japão.
A noite houve uma recepção onde reencontramos velhos amigos entre eles Seiichi Tanaka (foto) (San Francisco Taiko Dojo), Kenny Endo (Hawai), Katsuji Asano (Asano Taiko) e Yuta Kato (coordenador da conferência).
Setsuo e Mitchan com Yuta Kato

Setsuo e Katsuji Asano

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Novo membro do Setsuo Kinoshita Taiko Group - Hideo Eto

Os alunos devem ter se estimulado a se apresentar no Bunkyo. Apresento o terceiro membro aprovado na prova de admissão ao grupo Setsuo Kinoshita Taiko Group neste mês. Ele é o Hideo Eto de quinta-feira. Ele iniciou o curso em julho de 2009 e emocionado, foi aprovado hoje, dia 11 de agosto ao grupo. Com este feito, ele conseguiu por um triz a vaga para se apresentar no dia 13 de agosto.
Assim, fechamos a seleção dos músicos para esta apresentação e os novos ingressantes ao grupo até o mês de outubro. Aguardamos novos pretendentes ao grupo e também ao Kenshu (curso intensivo) no final do ano !!! Gambatte !!!!

domingo, 7 de agosto de 2011

Novo membro do SKTG - Cristiane Tokuzato

No dia 4 de agosto ganhamos mais um membro no Setsuo Kinoshita Taiko Group !! É a Cristiane Tokuzato de quinta-feira. Ela entrou no curso em junho de 2008 e resolveu prestar a prova de admissão ao grupo nestas últimas semanas. Ela fará a sua estréia na apresentação do Bunkyo no dia 13 de agosto. Seja bem vinda e boa sorte Cris !!!!

Mitsue Iwamoto 2o colocada no Concurso de Minyo Categoria Adulto

No dia 7 de agosto foi realizado o 23o Concurso Brasileiro de Canto Folclórico Japonês da Associação Kyodo, o chamado Minyo. Foram inscritos 96 candidatos de todo o Brasil divididos nas categorias, infantil, adulto, terceira idade, iniciante, veteranos A e B e Condecorados.
O vencedor do concurso foi Gustavo Eda de Belo Horizonte, que irá ao Japão em outubro de 2011 para representar o Brasil no concurso desta Associação no Budoukan em Tokyo.
Mitsue Iwamoto do grupo Wadaiko Sho participou na categoria adulto recebendo o segundo lugar.
Participaram como apresentação especial o grupo Seiha de Koto, o grupo de minyo UtaimaSHO e Alvaro Nishikawa, todos compostos grande parte por membros do Wadaiko Sho. Parabéns a todos os participantes !!!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Novo membro do Setsuo Kinoshita Taiko Group

Ganhamos mais um membro ao Setsuo Kinoshita Taiko Group !! O nome dela é Kazue Okura. Aluna de terça-feira, esta treinando no grupo ha 3 anos e meio. Ela foi aprovada na prova de admissão ao grupo neste mês. Parabéns e Gambatte Kazue-san !!!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Visita do Iki Wadaiko

No dia 26 de julho recebemos a visita do Jony do grupo Iki Wadaiko de Assis no estúdio do Wadaiko Sho. A visita foi muito importante aos Kenshuseis do Wadaiko Sho, pois como não foram todos que participaram do intercâmbio entre os grupos, foi uma oportunidade para refletirmos sobre o aprendizado mútuo, ao mesmo tempo que pudemos estimular quem não participou a enxergar os valores que até então eram naturais aos Kenshuseis, mas que foram muito sofridos ao Iki Wadaiko para conquistá-los. Obrigado Iki Wadaiko e parabéns pela consciência que tem sobre o Taiko !!!

domingo, 24 de julho de 2011

Show em Itapetininga

Terminamos o show em Itapetininga e consequentemente a turnê do Prêmio SESI de Música Popular Brasileira. O teatro do SESI Itapetininga tem capacidade para 246 lugares, mas acrescentamos cadeiras extras, totalizando um público de 325 pessoas. Ficamos felizes com a casa lotada, mas muito sentidos por muitas pessoas terem de ser dispensadas por falta de lugares.
Conhecemos os grupos de Taiko de Itapetininga e São Miguel Arcanjo que tiveram a paciência de nos esperar ao final do show. Tivemos a oportunidade de conversar sobre estilos de Taiko, mas não tivemos tempo de explicar o suficiente para a sua compreensão pela logística do horário do teatro, mas esperamos continuar a conversa daqui em diante.
Obrigado a equipe do SESI que trabalharam além do que pedimos e pelo amor que tem a arte de produzir, mostraram aquela beleza visual e sonora através da iluminação e sonorização !!
Esperamos retornar um dia a Itapetininga ou nas regiões próximas para podermos atender a expectativa das pessoas que nao puderam assistir ao show e tambem reencontrar os novos amigos !!!! O Wadaiko Sho retornou para casa comentando o quanto o show foi gostoso ao grupo !!!! Obrigado a todos !!!! abs Setsuo Kinoshita

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Wadaiko Sho em Itapetininga

Teatro do Sesi Itapetininga
Av. Padre Antonio Brunetti, 1.360 – Vl. Rio Branco
Sesi Música 2011 – Série World Music
Dia 23 de julho às 20h
Grátis