North America Taiko Conference - Segundo dia

A partir da esquerda, Debora, Linda, Shanna, Setsuo e Nozomi

Hoje o dia começou com uma mesa redonda dos músicos centrais da américa do norte  (Tiffany Tamaribuchi, Kaoru Watanabe, Roy Hirabayashi, Shoji Kameda).
Abertura do evento

Após o debate visitamos o Marktplace, onde estão expostos produtos relacionados com o comércio de taiko. Ganhamos um presente de Akitoshi Asano da fábrica Asano Taiko enviado através de seu filho, Katsuji Asano. Ganhamos também uma camiseta do Taiko Center of the Pacific da Chizuko Endo esposa de Kenny Endo. Reencontramos também com Marco Lienhard, ex-Ondekoza, vendendo shinobue, que nos informou de seu show que será realizado em São Paulo em outubro.
Setsuo e Marco Lienhard

Após o almoço, fizemos um workshop com Isaku Kageyama, que havia conhecido há 4 anos. Um ótimo músico !!
Após o workshop, encontramos com Shanna Lorenz que havia feito uma pesquisa do Wadaiko Sho em 2003 no Brasil, que nos acompanhou o restante do dia.
Participamos da apresentação dos colaboradores do North America Taiko Conference (Miyamoto Unosuke, Rolling Thunder e San Jose Taiko). Foi muito emocionante e me despertou a curiosidade. Fiz um debate da história do Taiko nos EUA com Nozomi Ikuta do Dekiru Daiko que me contou que o Taiko foi uma necessidade para a sociedade, não só da comunidade japonesa, mas da asiática, pois no pós-guerra, apesar da aceitação da paz, ainda reinava uma onda de discriminação (não sei se isso pode ser dito no passado....) com relação ao Japão. O Taiko serviu de arma para a comunidade asiática se defender e se afirmar. Hoje, meio que parecido com o Brasil, ha muitos descendentes de orientais nas universidades americanas. Isso faz com que amenize a discriminação, comparado a que os negros, índios e latino americanos sofrem da sociedade. Na época, os "brancos" puxavam as bordas dos olhos imitando chineses falando, conta a Nozomi para mim. Comentei com ela e com a Shanna, etnomusicologia pela universidade Pittsburgh, que isso ainda acontece no Brasil e os dois lados se divertem com isso. Não sei se isso é para rir ou para chorar, mas eu acho um absurdo o descendente aceitar isso; e o pior, o brasileiro achar que gostamos disso, anunciando em propagandas de revistas da comunidade japonesa, crianças brancas, negras e japonesas puxando os olhos, sorrindo. Eu acho que o americano é mais sensível e consciente. Mas.....
Conhecemos Mari e Matthew do Triangle Taiko, Linda que da aulas de Taiko na Universidade de Stanford, Debora Wong, da universidade Riverside da California, e Roy e PJ Hirabayashi do San Jose Taiko. Visitei San Francisco ha 10 anos atrás e na ocasião telefonei para Roy, mas como ele não fala Japonês, ficamos sem como nos comunicar e assim passou todo este tempo. Finalmente nos conhecemos pessoalmente.
Assistimos no final do dia, o Ten Taiko, um concurso de 10 grupos que fizeram 10 minutos de performance. Interessante o incentivo e carinho que os grupos tem entre si, torcendo durante a apresentação de outro grupo. Como seria bom se a necessidade que o Taiko tem na sociedade oriental daqui, tivesse na do brasileiro. Tanaka-sensei, o Grand Master do Taiko nos EUA lamentou comigo a situação do Taiko no Brasil.....Ele também acompanhou conosco todo o processo no Brasil. Espero poder manter esta relação que temos hoje com os grupos que estão em contato conosco !!
Taiko Ten